25 dezembro 2011

Abaixe os braços que eles se aproximam

“Um grande agricultor, proprietário de terras altamente produtivas, não deixava que ninguém ou que algum animal ou ave entrasse na sua propriedade. Cercou-a de modo ser impossível o seu acesso. Com o tempo, ficou sozinho e observava que em outras propriedades vizinhas, havia movimento de pessoas e animais, deixando-o triste, apesar do alto sucesso de sua produção agrícola. Um dia resolveu parar no meio da sua propriedade, após ter arrancado todas as cercas e as barreiras que haviam, ficando com os braços abertos, como se fosse dar um abraço nas pessoas e nos animais. Passou-se as horas, os dias e ninguém entrava, quanto menos os animais e as aves, até que ouviu um voz que disse: abaixe os braços que eles se aproximam. Eles tem medo do novo espantalho.” (autor desconhecido).

29 outubro 2006

Abertura

"Como metáforas do comportamento humano, histórias nos conduzem, através dos seus personagens, elementos e lugares, a uma experiência de aprendizagem rica em criatividade, ampliando recursos e capacidades potenciais."
GRILLO, Nícia Q. Histórias da Tradição Sufis.






Conceitos - Idéias - Sugestões - Workshop - Oficina - Debate - Cursos - Projetos - Aulas - Palestras - Referências - Bibliografia - Sites - Livros - Artigos - Ensaios - Contatos - Empresas - Organizações - Corporações - Blogs - Comunidades - Contribuições - Questões - Casos - Ciclos - Desafios - Metáforas - Lições - Recomendações - Gestão do Conhecimento - Gestão do Capital Intelectual - Conflitos - Colaboração - Confiança - Mudança Organizacional - Construtivismo - Criatividade - Inovação - Negociação - Cultura Organizacional - Virtudes Sinergísticas - Resiliência Humana - Aprendizado Organizacional - Conhecimento Tácito - Sinergia Organizacional - Comunicação Interpessoal - Interorganizacional - Proatividade - Objetividade - Flexibilidade - Interdep - Synergy - Learning - Tacit Knowledge - Change - Consultoria - Palestrante - Antônio Sérgio Lins de Carvalho - quem aborda analisa conceitua conduz define escreve estrutura estuda desenvolve coordena gerencia divulga faz organiza pesquisa prepara projeto realiza trata dá sobre de



22 março 2006

Sumário

Sérgio Lins - Março de 2006


BlogBlogs.Com.Br


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

14 março 2006

O castelo sitiado

Na idade média, um castelo inexpugnável situado no alto de uma rocha, estava sitiado há semanas por um exército, cujo comando esperava a qualquer momento a rendição, pois acreditava que os víveres do castelo tinham se esgotado.
No acampamento do exército, os soldados estavam angustiados e irrequietos, pois o cerco parecia não ter mais fim e questionavam se valia a pena insistir.
No castelo só restava um boi e um saco de farinha para alimentar centenas de pessoas que ainda resistiam bravamente ao cerco.
O comandante do castelo decide tomar uma medida desesperada, que para seus homens deve ter parecido pura insensatez: matou o boi, encheu-lhe a cavidade abdominal com a farinha e ordenou que jogasse tudo pelo rochedo abaixo sobre o acampamento inimigo.
O comandante do exército tomou aquilo como uma mensagem e acreditando que o castelo ainda estava bem abastecido levantou o cerco e retirou-se.
WATZLAWICK, Paul & WEAKLAND, John & FISH, Richard.
Mudança: princípio de formação e resolução de problema.
São Paulo: Editora Cultrix, 1977.
Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

Rei por um ano

Após um naufrágio um homem se viu completamente nu numa ilha em que foi recebido, com pompas e circunstâncias, pelos seus habitantes que por crença acreditavam, que todos os anos um rei surgiria nu na praia.
Enquanto estava sendo coroado, ele ficou sabendo que após um ano de reinado seria desterrado para uma ilha em condições inóspitas. Naquela ilha estavam todos os reis anteriores, vivendo na maior penúria. Como rei, desde que não mudasse a constituição, ele poderia fazer qualquer coisa.

Ele procurou o guru da ilha e perguntou-lhe “o que fazer agora para influenciar aquele futuro inevitável". Este lhe disse: "Nu você chegou e nu partirás para aquela ilha. Enquanto for rei tudo poderá fazer e todo o recurso receberá. Use estes recursos para preparar a ilha que será o seu futuro e o futuro de todos aqueles reis que virão."

Seguindo o conselho do guru o homem, então rei, usou todo o seu poder para transformar a ilha inóspita num ambiente propício a uma vida prazerosa.

Desterrado no final do seu reinado, foi recebido como rei na outra ilha onde todos haviam se beneficiado do desenvolvimento por ele promovido. Assim, viveu para sempre no esplendor de um reino que ele criou e desenvolveu.
GRILLO, Nícia Q. Histórias da Tradição Sufis. Rio de Janeiro: Edições Dervish, 1994.
Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

O mestre ZEN que fazia chover

Aldeões pediram a um mestre ZEN que os ajudasse a levar chuva aos seus campos áridos.

O mestre solicitou apenas uma pequena casa com um jardim onde pudesse cultivar.

Dia após dia, ele cultivava o pequeno jardim, sem praticar nenhuma magia. Decorrido algum tempo, a chuva começou a cair sobre a terra ressecada.

Ao perguntarem como obtivera tamanho milagre, ele respondeu humildemente...

"A cada dia, ao cultivar o jardim, voltava-me mais para dentro de mim mesmo. Quanto à chuva, não sei a razão, mas tenho certeza que a terra do meu jardim já está preparada. E a de vocês?" `

GRILLO, Nícia Q. (1993) – Histórias da Tradição Sufis. Edições Dervish. Rio de Janeiro.
Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

O aviso do rato

Quando o rato falou que viu uma cobra se arrastando na direção da casa da fazenda, a galinha, a vaca e o porco disseram que não era problema deles, pois não viviam lá.

Pouco depois, a cobra picou a dona da casa que, ao adoecer, precisou de dieta especial que incluía uma boa canja de galinha.

Os vizinhos, que visitaram a doente, saborearam um bom churrasco e um suculento pernil.

Enquanto a vaca, a galinha e o porco serviam de alimento, o rato se deliciava com as migalhas deixadas pelos descuidados visitantes.

Autor desconhecido - Folclore Nordestino

Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

O cão que não sabia nadar

Sempre que o amigo demonstrava alguma novidade, aquele caçador apontava alguma inconveniência, ora era o rifle que tinha o cabo muito liso, ora era a sacola que era muito funda.

Um dia quando o novo cão foi ‘andando sobre as águas’ pegar o pato abatido, o caçador comentou que, como ‘não sabia nadar’, aquele animal não servia para caçar.

Recomendações

Autor desconhecido - Folclore IBM
Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

A visita do amigo

Abri a porta e recebi um amigo que não via há muito tempo, estranhamente ele entrou acompanhado de um cão de certo porte.

Enquanto o cumprimentava o cão foi penetrando casa adentro derrubando as coisas. Quase em uma só voz comentamos: “cachorro é isto mesmo!”.

Enquanto relembrávamos os bons tempos o cão foi derrubando uma coisa aqui, outra ali. Eu relevava tudo porque afinal não via aquele amigo há alguns anos.

Entretanto, quando ele botou as patas sujas no meu sofá branquinho, meu amigo percebeu que um limite de tolerância tinha sido atingido e talvez já fosse a hora de ir.

Ficamos certos de nos encontrarmos em outra ocasião sem tantas “perturbações”.


Comentei então que da próxima vez ele não trouxesse o cão. Para minha surpresa ele disse: “esse cão não é meu, pensei que fosse seu”.
Rio de Janeiro: Editora Record, 2003.
Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

Os verdadeiros tesouros pertencem a todos

Um homem muito rico e avarento amava suas jóias e as colecionava, acrescentando constantemente novas peças ao maravilhoso tesouro escondido, que guardava a sete chaves, oculto de olhos que não fossem os seus.

Um dia, em visita um amigo demonstrou interesse em ver as jóia.

- Seria um prazer tirá-las do esconderijo, e assim eu poderia olhá-las também.

A coleção foi trazida, e os dois deleitaram os olhos com o tesouro maravilhoso por longo tempo, perdidos em admiração.

Quando chegou o momento de partir, o convidado disse:

- Obrigado por me dar o tesouro.

- Não me agradeça por uma coisa que você não recebeu. Como não lhe dei as jóias elas não são suas, absolutamente.

- Como você sabe - respondeu o amigo, - senti tanto prazer admirando os tesouros quanto você, por isso não há essa diferença entre nós como pensa. Só que os gastos e o problema de encontrar, comprar e cuidar as jóias são seus…

GRILLO, Nícia Q. (1993) – Histórias da Tradição Sufis. Edições Dervish. Rio de Janeiro.
Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

13 março 2006

A ameaça invisível

Nasrudin estava jogando migalhas de pão em volta da sua casa.

Alguém passa e pergunta: o que está fazendo?

Ele responde que está mantendo os tigres afastados.

O outro comenta que não há tigres por ali.

Ele diz: exatamente! Vê que eficiência!

Recomendações




SHAH, Idries. Os Sufis. São Paulo: Editora Cultrix, 1977.

Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

A velha chorosa e o mestre ZEN

Sentada à porta de um mosteiro Zen, uma velha senhora vivia a chorar.

Num dia de sol lindo, um mestre Zen que passava perguntou: por que choras velha senhora?

Ah! Choro porque me sinto culpada de ter sugerido a um dos meus filhos que fabricasse guarda chuvas. E hoje ele não vende nada.

Mas outro dia chovia e choravas também. Por que?

Ah! É que sugeri a ao meu outro filho que fosse ser sapateiro e em dias de chuva ele não vende nenhum sapato....

Por que não pensas no seu filho sapateiro em dias de sol?

Recomendações

Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

12 março 2006

As longas colheres

Havia um rei famoso pelas suas fantasias excêntricas. Um dia ele anunciou uma festa para a qual convidou toda a corte.

Dançarinos, acrobatas, mágicos. Palhaços, trapezistas e tudo que possamos imaginar para divertir aconteceu por horas e horas.

Aos poucos os convidados iam ficando famintos, e como não existia nada para aplacar a fome eles se perguntavam, quando o jantar vai ser servido.

Finalmente quando a situação se tornou insustentável e a fome incontrolável, o rei convidou seus hóspedes a passarem para uma sala especial, onde uma refeição os aguardava.

Os convidados queriam servir-se, mas surpreenderam-se quando perceberam, no caldeirão, enormes colheres de metal, com mais de um metro de comprimento.

Não se podia segurar as colheres quentes a não ser por uma pequena haste de madeira em suas extremidades.

Desesperados, todos tentavam comer, sem resultado.
...um dos convidados segurou a colher pela haste e levou-a à boca de seu vizinho.

Todos o imitaram e se saciaram.


Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

11 março 2006

Relacionamento com o papa

Quando em suas aulas aquele professor afirmava que a distância de relacionamento de qualquer um dos seus alunos com o Papa era no máximo 4, todos se surpreendiam.

Ele então explicava que é muito amigo da irmã de um arcebispo que era amigo do João Paulo II.

Assim, o professor tinha proximidade 1 com a amiga, 2 com o arcebispo, e proximidade 3 com o Sumo Pontífice. Isto garantia uma distância máxima de 4 entre os alunos e o Papa, pois todos podiam ter certeza que a interação da sala de aula garantia um proximidade 1 entre eles e o professor.

Recomendações

Resgatado de notas de aula do professor Sérgio Lins - Março de 2006

10 março 2006

A lenda das areias

Vindo do alto das montanhas, após ter ultrapassado diversos obstáculos, um rio de repente se depara com as areias de um deserto...

...da mesma forma que ultrapassou os obstáculos ao descer as montanhas, o rio tenta vencer mais esse...
...a cada tentativa ele sente que está sendo absorvido cada vez mais pelas areias...

"Se o vento ultrapassa o deserto, o rio também pode ultrapassar..."

O rio ignora a mensagem...

"Deixe-se levar pelo vento, que poderá se transformar em chuva, que se converterá em rio..."

Mas assim eu perco a minha natureza de rio.
Vou continuar insistindo à meu modo...

"A sua natureza é de água, e como água poderás ser rio, mar, chuva, gelo ou vapor, e em cada dessas formas tens um serviço a prestar..."

Recomendações

GRILLO, Nícia Q. (1993) – Histórias da Tradição Sufis. Edições Dervish. Rio de Janeiro.

Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

09 março 2006

A águia que quase virou galinha

“ O tempo está chegando quando o homem não mais lançará a flecha do seu desejo para além de si mesmo e a corda do seu arco se esquecerá de como vibrar...O tempo está chegando, quando o homem não mais dará à luz de uma estrela. O tempo do mais desprezível dos homens...” Nietzsche
A idéia desta estória não é minha. Meu é só o jeito de contar sobre uma águia que foi criada num galinheiro e foi aprendendo sobre o jeito galináceo de ser, pensar, de ciscar a terra, de comer milho, de dormir em poleiros.

E na medida em que aprendia, ia esquecendo as poucas lembranças que lhe restavam do passado. É sempre assim: todo aprendizado exige um esquecimento...e ela desaprendeu:

O cume das montanhas, os vôos nas nuvens, a vista se perdendo no horizonte, o delicioso sentimento de dignidade e liberdade...

Como não havia ninguém que lhe falasse destas coisas, e todas as galinhas cacarejavam os mesmos catecismos, ela acabou por acreditar que ela não passava de uma galinha com perturbação hormonal, tudo grande demais,aquele bico curvo, sinal certo de acromegalia, e desejava muito que o seu cocô tivesse o mesmo cheiro certo de cocô das galinhas...

Um dia apareceu por lá um homem que vivera nas montanhas e vira o vôo orgulhoso das águias.

“Que é que você faz aqui?,” ele perguntou. “Este é o meu lugar”, ela respondeu.” "Todo mundo sabe que galinhas vivem em galinheiros, comem milho, ciscam o chão, botam ovos e finalmente viram canja:nada se perde, utilidade total...” “Mas você não é galinha.” Ele disse. "É uma águia."
“De jeito nenhum. Águia voa alto. Eu nem sequer voar sei. Pra dizer a verdade, nem quero. A altura me dá vertigens. É mais seguro ir andando, passo a passo...”

E não houve argumento que mudasse a cabeça da águia esquecida. Até o homem, não agüentando mais ver aquela coisa triste, uma águia transformada em galinha, agarrou a águia à força, e a levou até o alto de uma montanha.

A pobre águia começou a cacarejar de terror, mas o homem não teve compaixão; jogou-a no vazio do abismo.

Foi então que o pavor, misturado à memórias que ainda moravam em seu corpo, fez as asas baterem, a princípio em pânico, mas pouco a pouco com tranqüila dignidade, até abrirem confiantes, reconhecendo aquele espaço imenso que lhe fora roubado. E ela finalmente compreendeu que a sua natureza não era de galinha, mas de águia... Rubem Alves

Resgatado por Sérgio Lins - Junho de 2006

04 março 2006

Lanterna Alheia

"Usar as idéias de uma pessoa para iluminar outras é como fazer um cego carregar uma lanterna no escuro - a luz pode se apagar, ao longo do caminho e ele não perceberá."

No escuro, qual a utilidade de uma lanterna na mão de um cego?



Zen em Quadrinhos. Tsai Chih Chung
Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

A água do paraíso

Harith o beduíno e sua esposa Narita, iam de um lugar para outro no deserto estendendo sua tenda onde quer que houvesse tamareiras, ervas para o camelo ou um poço de água salobra.

Um dia, contudo surgiu um novo manancial no areal e Harith levou um pouco daquela água ao lábios. Teve a impressão de estar provando a verdadeira água do paraíso...

...partiu para Bagdá, em busca do palácio de Harun el-Haschid, viajando sem deter-se... Levou consigo dois odres de couro cheios de água: um para ele e outro para o califa...

Dias depois chegou a Bagdá, e se dirigiu logo ao palácio. Ali os guardas ouviram sua história e, somente por ser esta a norma usual, deixaram-no participara da audiência pública...

...eu sou um pobre beduíno e conheço todas as águas do deserto, acabo de descobrir esta água do paraíso e, julgando-a uma oferenda digna de vós, vim oferecê-la...

Harun, o Íntegro, provou da água, e ordenou aos guardas palacianos que levassem Harith e o mantivesse detido por algum tempo, até tornar conhecida sua decisão sobre aquele caso.

“O que para nós não é nada, para ele é tudo. Portanto devem levá-lo deste palácio durante a noite. Não deixem que veja o poderoso rio Tigre. Escoltem-no até sua tenda no deserto, sem permitir que prove água doce. Dêem-lhe 5 mil dinares e façam-no guardião da água do paraíso.”

GRILLO, Nícia Q. (1993) – Histórias da Tradição Sufis. Edições Dervish. Rio de Janeiro.

Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

01 março 2006

Tigres e morango

Um dia, andando na selva, um homem encontrou um tigre feroz. Ele correu para salvar sua vida, perseguido pelo tigre.
O homem chegou à beira de um precipício, e o tigre estava quase alcançando-o. Sem opção, ele se agarrou a uma parreira com suas duas mãos, e desceu.
No meio do precipício, olhou para cima e viu o tigre no topo, arreganhando os dentes. Ele olhou para baixo, e viu outro tigre, rugindo e esperando sua chegada. E ficou preso entre os dois.
Em seguida, apareceram dois ratos sobre o precipício, um branco e outro preto. Como se ele não tivesse com preocupações suficientes, os ratos começaram a roer a parreira.
Sabia que se os ratos continuassem a roer, chegaria um ponto em que a parreira não poderia suportar seu peso, causando sua queda. Tentou espantar os ratos, mas eles voltavam e continuavam a roer.
Neste momento, ele observou um morangueiro crescendo na parede do precipício, não muito longe dele. Os morangos pareciam grandes e maduros. Segurando-se na parreira com apenas uma das mãos, com a outra colheu um morango.
Com um tigre acima, outro abaixo, e com os ratos continuando a roer a parreira, o homem comeu o morango e achou-o absolutamente delicioso.

Vivendo o Tao
Vivendo no momento
por Derek Lin

Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006

01 fevereiro 2006

A Flauta Mágica

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.

Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada, convidando dois outros amigos caçadores para a África.

Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar. Foi fuzilado a queima roupa.

Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se, ficando manso dançou. Os caçadores não hesitaram e mataram-no com vários tiros. E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando.

Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente, um leão faminto. A Flauta soou, mas o leão não dançou. Ao contrário, atacou um dos amigos do Caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava o caçador foi devorado.

Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles "falou" com sabedoria:

- Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o leao surdo.

Moral da história:


  1. Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo.
  2. Um dia eles podem falhar...·
  3. Tenha sempre planos de contingência.·
  4. Prepare alternativas para as situações imprevistas.·
  5. Preveja tudo que pode dar errado e prepare-se.·
  6. Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir.·
  7. Cuidado com os ‘leões surdos’.

Encaminhado por Luiz Frajtag

01 janeiro 2006

O que realmente as mulheres querem?


O jovem Rei Arthur foi surpreendido pelo monarca do reino vizinho, enquanto caçava em um bosque. Esse rei poderia tê-lo morto, pois esse era o castigo para quem violasse as leis da propriedade. Contudo, comoveu-se ante a juventude e a simpatia de Arthur e ofereceu-lhe a liberdade, desde que no prazo de um ano trouxesse a resposta à pergunta: "O que realmente as mulheres querem?"

Ao Rei Arthur pareceu impossível respondê-la, mas essa proposta era melhor do que a morte. Regressou a seu reino e começou a interrogar todas as pessoas. A Princesa, a Rainha, as prostitutas, os monges, os sábios, o bobo da corte, em suma, todo o seu povo, e ninguém soube dar uma resposta convincente. Porém, aconselharam-no a consultar a velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. Era sabido também, que o preço seria alto.

Chegou o último dia do prazo concedido e o Rei Arthur não teve outro remédio, que não o de recorrer à feiticeira. Ela aceitou dar-lhe a resposta, mas com uma condição: ele faria com que Gawain, o cavaleiro mais nobre da Távola Redonda e seu amigo íntimo, se casasse com ela.

O jovem Arthur a olhou horrorizado; era feíssima, tinha um só dente, desprendia um fedor horrível e fazia ruídos grotescos. Ele nunca havia visto uma criatura tão repugnante, e naquele momento, diante da perspectiva de pedir ao seu amigo para assumir essa terrível carga, preferiu a morte.

Ao inteirar-se do pacto proposto, Gawain afirmou que não seria um sacrifício excessivo o seu casamento com a bruxa, em troca da vida de seu melhor amigo e a preservação da Távola Redonda. Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria infernal, respondeu ao Rei Arthur:

- O que as mulheres realmente querem, é ser soberanas de suas próprias vidas!

No mesmo instante, todos perceberam que a feiticeira havia dito uma grande verdade e, que o jovem Rei Arthur estaria salvo.
Assim foi; ao ouvir a resposta, o monarca vizinho devolveu-lhe a liberdade. Porém, o casamento foi muito triste, pois todos percebiam a angústia do Rei Arthur. Além disso, apesar de Gawain mostrar-se cortês, gentil e respeitoso, a velha bruxa usou de seus piores hábitos: comeu sem usar talheres, emitiu ruídos horríveis e tinha um mau cheiro espantoso.

Após a festa, já em seu quarto, Gawain preparava-se para dormir quando teve uma surpresa. A bruxa apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem jamais poderia imaginar. Gawain ficou estupefato e lhe perguntou o que havia acontecido.

A jovem respondeu-lhe, com um sorriso doce, que como ele havia mostrado ser honrado e como havia, apesar de tudo, sido gentil para com ela, metade do tempo ela se apresentaria com aspecto horrível e a outra metade com aspecto de uma linda donzela.

E ela lhe perguntou:
- Qual você prefere para o dia e qual você quer para a noite?

Que pergunta cruel. E ele pensou: "Eu poderia ter uma jovem adorável durante o dia, para exibir a meus amigos, e à noite, na privacidade de meu quarto, uma bruxa espantosa, ou ter uma bruxa de dia e uma jovem linda nos momentos íntimos".

O nobre Gawain respondeu-lhe então:
- Quando aceitei casar-me com você, aceitei-a da maneira que você é. Portanto, acatarei também a sua decisão. Você deve escolher por si mesma.

Ao ouvir a resposta, ela anunciou que seria uma linda jovem de dia e de noite, porque ele a havia respeitado e permitido ser soberana de sua vida.

E complementou:
- A mulher, meu nobre senhor, transforma-se de acordo como é tratada.




Resgatado por Sérgio Lins - Março de 2006


Free Hit Counter